sexta-feira, 31 de julho de 2015

Obras do Brasil - Arena das Dunas, Natal-RN.

O estádio Arena das Dunas, em Natal, foi um dos estádios palco da Copa do Mundo de 2014. Sua estrutura inovadora permitiu que o estádio não se limitasse a recepcionar jogos de futebol, tornando-se um espaço de entretenimento multiuso, capaz de receber shows, feiras, conferências e diversos tipos de eventos.


A infraestrutura do estádio possui estacionamento externo e interno, lounges de hospitalidade, 39 camarotes com banheiro exclusivo, dois vestiários com banheira, dois telões digital, sala de conferência, centro de mídia e TV, academia, área comercial e área de aquecimento.

Lounge de hospitalidade.
A estrutura do estádio é formada por pilares, vigas, vigas-jacaré, lajes alveolares protendidas e arquibancadas. Todos os elementos estruturais foram pré-moldados em uma fábrica montada no própria canteiro de obras, o que garantiu a qualidade das peças e proporcionou melhor controle executivo e de produção.

Projeto da estrutura do estádio.
A cobertura do estádio foi composta por 20 “pétalas” em treliças de aço, cobertas externamente com telha zipada em alumínio branco com tratamento térmico e acústico, internamente revestido com membrana tensionada de PVC. Os vãos formados entre as pétalas foram vedados com elementos translúcidos de policarbonato que favorecem a iluminação e ventilação naturais.


A sustentabilidade também foi foco da obra, que reutilizou os resíduos do antigo estádio Machadão, o qual foi demolido para a construção da Arena das Dunas.

Construção do estádio.
O estádio foi inaugurado em 26 de janeiro de 2014, pronto para receber quatro dos 64 jogos que ocorreram durante a copa do mundo.


O jantar de encerramento do 56º Congresso Brasileiro de Concreto (conhece mais clicando aqui), que ocorreu em 2014 na cidade de Natal, foi realizado no estádio Arena das Dunas. 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Você Sabia? - As 10 construções mais caras do mundo

10. Bank of America Tower
O edifício de 365 metros de altura fica em Nova York e custou 1 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 2004 e encerrada em 2009.












9. Niagara Falls Hilton Phase
O hotel localizado em Ontario, no Canadá, custou 1 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 2007 e encerrada em 2009.












8. Estação de Kyoto
A estação de metrô localizada em Kyoto, no Japão, custou 1,25 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 1995 e encerrada em 1997.







7. Capital Green
O arranha-céu de Singapura custou 1,4 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 2012 e encerrada em 2014.














6. Burj Khalifa
O maior prédio do mundo localizado em Dubai custou 1,5 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 2004 e encerrada em 2010. 

Confira aqui o post especial sobre o Burj Khalifa.







5. Taipei 101
O famoso arranha-céu de Taipei custou 1,76 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 1999 e encerrada em 2004.









4. The Shard
O edifício mais alto da Europa custou 1,9 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 2009 e encerrada em 2013.













3. The Palazzo
O famoso hotel de Las Vegas custou 1,9 bilhão de dólares. Sua construção foi iniciada em 2004 e encerrada em 2007.






2. Palácio do Parlamento Romeno
A edificação governamental de Bucareste, na Romênia, custou 3 bilhões de dólares. Sua construção foi iniciada em 1981 e encerrada em 1988.






1. One World Trade Center 
O edifício construído na área das antigas Torres Gêmeas, em Nova York, custou 3,9 bilhões de dólares. Sua construção foi iniciada em 2006 e encerrada em 2014.














Fonte: http://www.emporis.com/statistics/most-expensive-buildings

terça-feira, 28 de julho de 2015

Fazendo História - O primeiro prédio giratório do mundo

Em 16 de dezembro de 2004, era inaugurado, na cidade de Curitiba, o Suíte Vollard, o primeiro edifício giratório do mundo, abrigando 11 apartamentos, com 287m² de área.


Cada apartamento gira 360 graus, conforme o desejo do morador através de comandos de voz. Todos os andares, sendo um apartamento por andar, giram independentes entre si.


Fazer com que um edifício se mova não é uma tarefa fácil.  A solução encontrada pelos construtores foi posicionar um pilar central de concreto armado que dá suporte a lajes em balanço, nas quais são instalados sistemas giratórios em aço que são responsáveis por fazer os apartamentos rodarem. Os banheiros e a cozinha foram acomodados no interior do pilar central, enquanto a circulação vertical foi instalada em um volume retangular anexo.


A plataforma metálica gira para ambos os sentidos sobre uma estrutura fixa de concreto, utilizando um motor de 0,5 cv para movimentar o apartamento com um consumo de energia elétrica de 370kw/h. Todo o controle de movimentação é realizado através do sistema de automação, que além de controlar a movimentação da plataforma, a velocidade e o sentido, controla também o ar-condicionado, as persianas, a iluminação e as câmeras de segurança.


Na época, o edifício não inovou apenas com o sistema giratório, mas utilizava muitas outras inovações tecnológicas como câmeras de vídeo em todos os ambientes, reconhecimento digital, de íris e de face e controle de voz para a iluminação, climatização e até hidromassagem.
    

    

    



O custo de cada apartamento no período de lançamento era de 300 mil reais, valor considerado muito alto para a época e por isso nenhum apartamento foi vendido. Em 2008, o edifício foi relançado por R$ 1,2 milhão por apartamento, mas novamente sem sucesso. Hoje o edifício, localizado no bairro Ecoville, continua abandonado aguardando que algum investidor acredite no projeto.

Fontes:  http://wwwo.metalica.com.br/suite-vollard-o-primeiro-edificio-giratorio-do-mundo
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI440664-EI306,00-Curitiba+tem+o+edificio+giratorio+do+mundo.html

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Volta ao Mundo - Khan Shatyr

O Khan Shatyr é um shopping center localizado em Astana, capital do Cazaquistão, e atualmente é considerada a maior tenda do mundo. Isso mesmo, a MAIOR TENDA DO MUNDO.




A tenda possui 150 metros de altura e uma base elíptica de 200 metros, tendo uma área de 140 mil metros quadrados com capacidade para dez estádios de futebol. Ela abriga um Shopping e, pasmem, uma praia artificial em seu interior.



      
Um detalhe curioso é que a tenda é coberta por uma proteção de ETFE, material que já foi divulgado em nosso Blog (clique aqui). É importante que ressaltar que a capital do Cazaquistão possui altas amplitudes térmicas durante o ano, tendo em seu inverno temperatura média de 30º C negativos e chegando a 35º C no verão. Mesmo assim, a temperatura se mantém constante entre 15 e 30º C no interior na tenda.

O ETFE é um dos grandes responsáveis pela entrada de luz externa e por impedir que o calor saia do interior do Khan Shatyr. O local pode ser considerado um Oásis na capital cazaquistanesa. A praia artificial conta com ondas artificiais, palmeiras e areia branca trazida das Maldivas.



Vídeo da praia artificial no interior da tenda:



quinta-feira, 16 de julho de 2015

Além da sala de aula - Entrevista com Prof. Rodrigo Catai.

Dentro da universidade existem diversos tipos de estudantes, professores e pessoas que trabalham pelo bem estar dos alunos. Devido à correria do dia-a-dia, muitas vezes não temos a oportunidade de conhecer a fundo todos aqueles que de alguma forma afetam nossas vidas. Cada pessoa dentro da universidade tem uma história que vale a pena ser contada. É com esse pensamento que iniciamos no blog um ciclo de entrevistas com algumas personalidades da UTFPR. 

A aluna Rafaela Voziniak entrevistou o Professor Doutor Rodrigo Eduardo Catai, coordenador do curso de Engenharia Civil da UTFPR e coordenador do curso de especialização em Engenharia de Segurança no Trabalho. O professor é membro do conselho do departamento de Construção Civil e do conselho de graduação da UTFPR, presidente do conselho de Engenharia Civil e membro suplente do conselho universitário.


Formação: Engenharia Mecânica, concluído em 2001 - Unesp, Bauru; Especialização em Segurança do Trabalho, concluído  em 2003 – Unesp, Bauru; Iniciou o Mestrado em 2002 e em 2003 passou pra Doutorado, concluindo em 2004, começou na Unesp de Bauru e concluiu na Unesp de Guaratingueta.


Rafaela: Por que você escolheu a Engenharia?

Catai: Porque a Engenharia é desafiante. Eu acredito, que com a engenharia é possível mudar muitos conceitos que nós temos no mundo hoje. 

Rafaela: Você chegou a ter alguma influência familiar ou foi escolha própria?

Catai: Foi escolha própria. Não teve influência do pai ou da mãe, isso sempre foi bem tranquilo em casa. Talvez tenha sido até uma dificuldade, pois você não tem influência. O que significa que você pode vir a pensar, e no pensar de um adolescente se abrem muitos horizontes, mas as vezes para coisas não muito boas. Coisas que podem não te trazer um bom futuro. Mas enfim, acabei dando sorte de escolher a coisa certa!

Rafaela: Além dessa dificuldade que você já comentou, teve alguma outra que você encontrou no período da graduação?

Catai: Devido a faculdade ficar longe de casa e eu ser o tipo de pessoa bem família, tinha essa dificuldade de não poder estar sempre com os pais. Essa foi sempre a maior dificuldade! Mas quase sempre, a cada 15 dias, eu procurava fazer esse reencontro. Eu imagino, que por exemplo, para as pessoas que vem de lugares mais longe, como alguns alunos da UTFPR que vem do norte do país essa distância seja bem complicada, mesmo com os meios que temos hoje, o que na minha época era impensável. Mas em resumo a distância foi a grande dificuldade, o que por outro lado era de grande ajuda, pois quando se está longe da família você acaba tendo mais tempo para se dedicar ao estudo.

Rafaela: Voltando aos seus 20 anos, você chegou a imaginar-se chegando no atual cargo?

Catai: Vamos imaginar assim: Na atual faculdade não, mas no atual cargo sim! Imaginava inicialmente trabalhar em outras faculdades, porque até então a UTFPR não existia. Sabia da existência de um CEFET em Cornélio Procópio, que era o mais próximo de onde eu estudava, mas o CEFET de Curitiba eu desconhecia na época. 

E com o tempo, sabendo do CEFET/UTFPR e analisando os desafios e as oportunidades que eu poderia encontrar, acabei optando por vir trabalhar aqui. E que dez anos atrás talvez fosse um pouco menos famosa, mas que não deixava de ser grandiosa. Embora que, ainda é uma faculdade recente!

Se tratando do “chegar cargo”, eu acredito que não significa que você vá ter um status, mas sim que você vai ter mais trabalho. Não que você vá ganhar mais por isso, mas que você vai ter mais responsabilidade. Não acho que você deva assumir um cargo para um maior respaldo financeiro, mas sim porque você quer assumir aquelas responsabilidades, por aquele período e você quer cumprir para junto com os alunos. 

E sim, eu me imaginava pegando esse tipo de responsabilidade. Sempre gostei muito de estudar e meu orientador de iniciação cientifica sempre foi coordenador de mestrado, de graduação e eu então visava, não eu não visava, eu vislumbrava uma possibilidade dessa acontecer um dia. 

Rafaela: Está feliz/realizado com seu cargo, com suas responsabilidades atuais?

Catai: Sim Rafaela, mas tem muito a ser melhorado. Tanto a nível infraestrutura e demais problemas, temos muito a melhorar ainda! Em resumo, estou feliz mas não estou acomodado com o que se tem.

Rafaela: Eu já te fiz a pergunta de por que escolheu a Engenharia, mas agora peço pra você me definir a palavra Engenharia, na tua vida, nas tuas conquistas, no teu dia-a-dia. 

Catai: Vou definir com o exemplo que eu dou em sala de aula, voltado para segurança do trabalho: O funcionário está trabalhando e ele tem um problema de um ruído muito forte que está incomodado. E esse ruído no motor pode provocar um dano acústico pra esse funcionário e ele pode ficar surdo. Então você tem que entregar um EPI para o funcionário, correto?

Rafaela: Sim?!

Catai: Não! De certa forma não, está errado. Por que está errado?! Está errado porque você deveria pensar em meios corretos para reduzir aquele ruído e para que aquele ruído não influenciasse a audição do teu funcionário. Ou seja, se a engenharia existisse com letras maiúsculas, o ruído não sairia do motor e não afetaria o trabalhador. 

Vamos pensar assim, a engenharia se define em resolver os problemas com inteligência e não com soluções baratas. Porque a engenharia atacar o problema.

Rafaela: Catai, segundo sua experiência em graduação e em sala de aula. Você tem alguma recomendação pra quem vai iniciar da faculdade?

Catai: Diria que se preocupar com física e matemática. São matérias difíceis, são a base para demais disciplinas e vão ter sua aplicação na hora certa. 

Rafaela: E para os alunos que já estão na faculdade?

Catai: A maioria dos alunos se preocupa com estágio muito cedo, mas o estágio é obrigatório e todo mundo vai ter. Minha recomendação é que os alunos procurem um diferencial ao longo da faculdade, aproveitem a faculdade em seu contexto. Participe dos cursos, das iniciações cientificas, línguas estrangeiras, demais projetos e atividades que a faculdade tem a lhe oferecer. Por que quando o aluno se formar e for procurar um trabalho esse vai ser o grande diferencial dele, e não o estágio, entende?! 

Rafaela: Catai, você tem algum sonho a ser realizado?

Catai: Não. Sabe Rafaela eu não sou uma pessoa de sonhar, sou uma pessoa mais realista. Faço sempre o melhor possível, mas sempre com os pés no chão. Gosto de ser professor.  

Rafaela: Na sua vida, há algum ídolo ou pessoa modelo que procura seguir, se inspirar?

Catai: Sim, na minha vida pessoal sempre tive os meus pais como exemplo. Sempre foram pessoas muito trabalhadoras e sempre me ensinaram o correto. Ver meus pais trabalhando me ensinou a querer trabalhar e sempre me permitir a fala, acho que posso fazer um pouco mais. 

Na vida acadêmica eu também tive um referencial, na época de graduação tive um orientador de iniciação cientifica que sempre trabalhou muito. Você chegava pela manhã na faculdade e eles já estava trabalhando, você saia de noite da faculdade e ele ainda estava lá trabalhando, ele sempre foi um grande exemplo. 

Rafa: Catai, onde se imagina daqui dez anos?

Catai: EU ainda continuaria na faculdade, poderia continuar em alguma outra coordenação, mas continuaria sempre como professor.

Rafa: Você realmente gosta de ser professor?

Catai: Sim! Ser professor, estar dentro da sala de aula é a hora mais gostosa do dia. É onde muito de nós, professores, conseguimos aliviar os nossos problemas. Sabe Rafaela, antigamente eu acreditava que aplicar prova era algo bom, mas hoje acho algo ruim. É muito chato ter que ficar duas horas sem poder falar nada (risos).

Rafa: Catai, para finalizar. Teria algum recado para os futuros engenheiros deste país?

Catai: A engenharia pode mudar o país, no sentido de fazer o Brasil acontecer. Pode deixar de exportar apenas materiais básicos e passe a transportar tecnologia em todas as áreas. A engenharia mudou muitos países e pode mudar o Brasil. Isso não é sonhar alto, pois existem muitas faculdades excelentes no país.

Por exemplo, temos algumas normas e sabemos que estas normas estão erradas, por isso, nem sempre estas podem ser aplicadas. E em um futuro próximo, alunos como você Rafaela, podem mudar isso, podem vir a corrigir essas coisas e fazer o país crescer. Você um dia pode, basta somente querer! 
    

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Você sabia? - 8 construções da vida real que inspiraram filmes da Disney

Algumas construções realizadas pelo homem sempre se destacaram perante as outras e serviram como inspiração para obras artísticas e para cenários de livros e filmes. É claro, que algumas animações da Disney não poderiam ficar fora desse grupo.

Reunimos 8 delas que inspiraram a produtora de Mickey Mouse e que você pode conferir logo abaixo:

Chateau de Chillon (Suiça)



Esta fortaleza, às margens do Lago de Genebra, serviu como inspiração para o castelo do Príncipe Eric, em "A pequena Sereia.

Cidade Proibida (China)



Em "Mulan", o Imperador reside na Cidade Proibida, embora esta tenha sido construído cerca de mil anos após o período da história do filme.

Rota 66 (Estados Unidos)



A famosa estrada estado-unidense é presença dominante na animação "Carros".

Alsácia (França)



Neste caso, não foi uma construção em si a inspiração, mas o conjunto delas que formam esta região da França. O estilo aparece em "A Bela e a Fera".

Chateau de Chambord (Escócia)



Este castelo também foi inspiração para o filme "A Bela e a Fera".

Hotel de Gelo (Canadá)


O conhecido e inusitado hotel de Quebec foi a origem do Palácio de Elsa, em "Frozen.

Eilean Donan (Escócia)


  Este castelo foi fonte de inspiração para o filme "Valente".

U-Dropp Inn (Estados Unidos)



Se você já assistiu a "Carros", certamente se lembrará de Ramone e sua casa de tatuagens na Rota 66. Parecidos, não é?

terça-feira, 14 de julho de 2015

Fazendo História - Lapa, Paraná.

Quando vamos em busca de cultura, encontramos a cidade da Lapa, que foi nomeada como “Capital da cultura brasileira” em 2011. A sua história foi marcada por dor e sangue, devido sua atuação na Revolução Federalista em 1894, onde o Coronel Gomes Carneiro, homem de confiança de Marechal Floriano Peixoto (que liderava a tropa conhecida como pica-paus) com 639 praças e voluntários civis, resistiu por 26 dias às tropas de Gaspar da Silveira Martins (conhecidas como Maragatos), que era composta por 3 mil homens. Este acontecimento ficou conhecido como o Cerco da Lapa.



No meio deste palco de guerra, 38 construções importantes, foram utilizadas de diferentes maneiras como enfermaria e cadeia. Hoje, são conservadas como prédios históricos.

Como exemplo, o teatro da cidade, conhecido como Theatro São João, foi construído em 1873 e que recebeu no ano de 1880 em seu camarote principal, a visita de D. Pedro II. Foi um dos prédios que serviu como enfermaria na época e embaixo do seu palco, muitas pessoas que perderam suas vidas na guerra, foram enterradas , por falta de tempo de fazer o enterro de todas elas. Sua arquitetura é uma mistura de estilos, onde sua fachada é neoclássica, o palco estilo italiano e a plateia elisabetano. Ele possui plateia e camarotes, e sua capacidade é de 212 pessoas.

Theatro São João

Outro prédio importante, é o Museu das Armas e Câmara Municipal. Desde 1837 há registros do começo da construção desta casa, que só teve as chaves solenemente entregues ao município em 1868. De estilo luso-brasileiro, único exemplar de câmara e cadeia que restou no estado do Paraná, segue um estilo arquitetônico tradicional, com parte de sua alvenaria feita de pedras do Monge (gruta que se encontra na cidade). Em 1880, também recebeu a visita de Dom Pedro II. Hoje no pavimento térreo abriga o museu de armas, que além de tesouros do Cerco da Lapa, guarda peças raras da 1° e 2° guerras mundiais, entre outros. Após a primeira restauração em 1981, voltou a abrigar no pavimento superior a Câmara Municipal da cidade, resgatando o uso original (fato raro no Brasil).

Museu das Armas e Câmara Municipal.
Considerada pelos Lapeanos como a primeira moradia da cidade, a Casa Vermelha foi construída no sistema de “taipa” ou “pau a pique” (fato que pode ser observado  em um recorte feito na parede).Atendia aos tropeiros como armazém de secos e molhados. O mais interessante de sua arquitetura está na união de duas fases marcantes de sua história: a morada/comércio, tipicamente em estilo luso-brasileiro, e a sua ampliação para fins hoteleiros em estilo alemão, no final do século XIX. Hoje, ela abriga o museu do tropeiro e o Centro de Artesanato Aloisio Magalhães, que encanta moradores e turistas.

Casa Vermelha.
A Lapa é uma cidade religiosa e tem em sua combinação arquitetônica, a igreja Matriz, com arquitetura de estilo Barroco, construída com as pedras do parque do Monge no ano de 1784. Documentos relatam que foi em cima desta igreja, que o Coronel General Carneiro foi baleado no Cerco da Lapa, vindo a falecer pouco tempo depois.

Igreja Matriz.
Além dos prédios já mencionados, muitos outros como a Casa dos cavalinhos, a Casa Lacerda, Museu histórico, Colégio São José, Museu Nei Braga, têm histórias e arquiteturas incríveis e envolventes, que atraem turistas do mundo inteiro, fazendo com que a cidade continue preservando toda sua cultura!

Casa Lacerda.
Devido o clima favorável à saúde, a região da Lapa oferece também opções de lazer, descanso, e tratamentos alternativos, com instalações de pousadas, hotel fazenda e spa, que possuem uma gama de alimentos naturais, cavalgadas e caminhadas que levam as pessoas a ter mais contato com a natureza e animais. E tudo isso podemos encontrar não muito longe da capital paranaense, aproximadamente 70 km.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Você sabia? - O Concreto "Transparente"

Criado em 2001, pelo húngaro Áron Losonczi, um material que vêm ganhando o mercado progressivamente nos últimos anos devido à sua peculiaridade incomum é o concreto translúcido.

A preocupação de cunho ambiental envolve o concreto translúcido, pois como permite a passagem de luz solar em áreas comuns das edificações, o material ajuda a evitar desperdícios de energia. Além disso, o material apresenta maior resistência às rachaduras e infiltrações, quando comparado ao concreto tradicional.

O custo do material no Brasil ainda é bem elevado, mas pesquisas vêm sendo realizadas com o fim de reduzir o custo de fabricação do concreto translúcido. Este valor alto se deve ao fato de que ele utiliza fibras ópticas misturadas com concreto autoadensável. São as fibras que garantem luminosidade e transparência ao material, e o autoadensável é uma categoria de concreto que pode ser moldado em fôrmas, preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de compactação ou vibração externa.



Se vier a ser fabricado em larga escala no Brasil, o concreto translúcido pode ser utilizado em obras de trânsito e de segurança pública. Em Estolcomo, por exemplo, o material já foi aplicado em quebra-molas. Dentro de cada bloco de concreto translúcido foram colocadas LEDs que acendem ao escurecer e servem de alerta para os motoristas.

Em Canoas – RS há a construção de um presídio, onde está em estudo a construção de uma cela experimental com concreto translúcido. A ideia é conseguir iluminar as celas dos presos sem utilizar lâmpadas, pois o preso pode quebrá-las e as utilizar como arma.
Sob o ponto de vista estético, o concreto translúcido é cada vez mais utilizado em obras comerciais no Japão e na Europa. A razão é que ele permite projetar detalhes diferenciados para fachadas, destacando logotipos de empresas e iluminação de ambientes, dispensando o uso de lâmpadas.
 O vídeo a seguir aborda de forma simples o processo produtivo de um concreto translúcido.




terça-feira, 7 de julho de 2015

Fazendo história - Pirâmides do Egito

Os egípcios encantaram e encantam até hoje o mundo inteiro graças aos seus incríveis avanços na ciência, que vão desde à medicina até as diversas áreas da engenharia. Talvez seja possível afirmar que a maior marca dessa civilização sejam suas imponentes construções.


A construção das pirâmides é um dos maiores enigmas existentes. Na época, não haviam guindastes ou instrumentos de locomoção. A perfeição de tais estruturas e sua durabilidade impressionam os engenheiros atuais.

As pirâmides foram construídas com enormes blocos de pedras que pesavam até duas toneladas e seus processos construtivos duravam décadas. As alturas dessas construções variavam de 20m até quase 150m de altura. Uma edificação elevada precisa superar problemas estruturais fundamentais, como a compressão exercida pelo seu próprio peso e esforços de flexão e torção. As fundações  da época não eram muito desenvolvidas.


A solução para esses problemas foi diminuir as cargas sobre a base à medida que a construção se elevava. Assim, seriam minimizados os efeitos de flexão e torção. A própria geometria das pirâmides reduzia os efeitos dos fortes ventos na estrutura, já que havia uma área menor das paredes em confronto com o efeito natural. Além disso, as cargas eram melhores distribuídas no terreno, minimizando problemas com a fundação.

Outro enigma dessas construções é o nivelamento preciso das estruturas. O nível da maior das pirâmides egípcias varia menos de 2cm. Uma das teorias que justificam tamanha precisão é que os trabalhadores despejavam água dentro do local escavado e nivelavam todo o material acima da linha da água e depois, baixavam o nível da água e removiam mais material, repetindo o processo.

O transporte dos blocos de pedra era feito, provavelmente, com trenós de madeira e cordas. O rio Nilo também era utilizado para transporte por meio de barcos.




A pirâmide de Quéops é a maior estrutura do Egito antigo. Com seus impressionantes 146m de altura e uma base de 230m de lado, a estrutura pesa cerca de 6,5 milhões de toneladas.


As construções egípcias continuaram sendo fontes de estudos por muito tempo ainda. O tempo pode passar, mas a curiosidade a respeito desse mundo continuará inspirando gerações.


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Volta ao mundo - Gateway Arch

Você já ouviu falar em uma curva tridimensional chamada de catenária? É provável que em alguma aula de cálculo você tenha ouvido sobre ela ou outra curva e deve ter pensado: onde que eu vou usar e aplicar isso?

Talvez tenha sido com esse pensamento que o arquiteto finlandês Eero Saarinen, em 1947, teve a ideia de projetar o Gateway Arch, o maior monumento humano em solo estado-unidense. O projeto ainda contou com a parceria do engenheiro alemão Hannskarl Bandel.



O monumento não é propriamente uma catenária, de acordo com o Teorema de Hooke, mas pode ser considerada uma com a modificação de sua forma. O resultado final obtido por Saarinen vem pela realização de modelos funiculares com cordas de densidade variável ou com cargas concentradas em certos pontos. A seção transversal do arco são triângulos equiláteros cujas áreas diminuem ao longo de seu comprimento.




O Gateway Arch, ou Gateway to the West, localizado em St. Louis nos EUA, teve suas obras iniciadas em 12 de fevereiro de 1963 e concluídas em 28 de outubro de 1965. O monumento, às margens do rio Mississipi, só foi aberto ao público em 10 de junho de 1967.

O monumento representa "o espírito pioneiro dos homens e mulheres que venceram o Oeste e aqueles que no último instante se esforçam contra outras fronteiras". O arco, em aço inoxidável, tem um altura de 192 metros, que também é o mesmo valor numérico para a largura de sua base, tornando-o assim o maior monumento humano nos Estado Unidos.

No interior do arco encontra-se o Museum os Westward Expansion, que oferece fotos e informações a respeito da construção desta maravilha da engenharia e também sobre a expansão do Oeste. Dentro do monumento estão situados também um cinema educativo, uma loja de presentes e comida gourmet e utensílios para o lar na Leeve Mercantile. Para subir à parte superior do arco, os visitantes utilizam um bonde com oito vagões ou um lance de seis escadas até a plataforma de observação.